
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: PROSPECÇÃO PARA EXPLORAÇÃO DA ERVA DE SAL (SARCOCORNIA AMBIGUA - AMARANTHACEAE): ANÁLISE HISTOLÓGICA, CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, VALOR NUTRICIONAL E POTENCIAL ANTIOXIDANTE
Orientador
- ROSEANE FETT
Aluno
- RENATA LABRONICI BERTIN
Conteúdo
A sarcocornia ambigua (amaranthaceae), apresenta-se na forma de haste suculenta de cor verde e/ou avermelhada, de ampla distribuição nas costas temperadas e tropicais das américas, porém, com melhor desenvolvimento em regiões de clima temperado e subtropical. no brasil, não existe uma denominação popular para a sarcocornia, e nem registros do seu uso, contudo, foi introduzida no mercado europeu como um vegetal fresco desfolhado semelhante ao aspargo verde. na alta gastronomia as plantas jovens e suculentas têm sido utilizadas pelo seu sabor levemente salgado e por seu potencial como alimento funcional devido ao elevado valor nutricional e a variedade de compostos bioativos. pouca atenção tem sido dada à espécie s. ambigua encontrada no brasil, e devido à falta de informações científicas, referente à composição química, perfil da atividade antioxidante, identificação de compostos bioativos, e efeito terapêutico, o cultivo comercial da planta na região é restrito. neste contexto, a presente pesquisa teve como objetivo caracterizar a composição nutricional de duas amostras de s. ambigua, oriundas de duas regiões distintas localizadas na grande florianópolis, descrever a estrutura anatômica da parte aérea (bainha foliar e caule), por microscopia óptica de fluorescência, bem como, realizar microanálise química por energia dispersiva de raios-x em microscopia eletrônica de varredura (edx-mev), avaliar a atividade antioxidante com a identificação/quantificação dos compostos fenólicos majoritários por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada à espectrometria de massas (hplc esi-ms/ms), além de determinar por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (icp-ms) a concentração total de minerais e a fração bioacessível dos mesmos por meio do modelo de digestão in vitro. os resultados revelaram que o conteúdo de cinzas, carboidratos, fibras insolúveis e minerais diferiu entre as amostras. o mineral presente em maior quantidade foi na, seguido do k, mg e ca. houve predomínio de ácidos graxos polinsaturados, sendo o principal deles o ácido linolênico, seguido do ácido linoleico. em relação aos resultados obtidos pelo estudo histológico, os achados possibilitaram interpretações sobre as adaptações destas plantas às peculiaridades do ambiente. entre as características relacionadas às condições ambientais estressantes, às quais as halófitas estão sujeitas, podem ser destacadas as ceras epicuticulares, o hidrênquima e os cristais. no que se refere à distribuição dos elementos químicos, com uso de edx-mev, de um modo geral, as concentrações e a distribuição dos elementos minerais, encontrados nos tecidos vegetais de ambas as amostras de s. ambigua, mostraram grande variação. dentre os 15 compostos fenólicos quantificados no extrato de ambas as amostras por hplc-esi-ms/ms, os principais foram os ácidos ferúlico, cafeico, vanílico, ácido p-cumárico, kaempferol e galangina. estes compostos contribuíram para a presença de atividade antioxidante da planta, determinada pelos métodos químicos de dpph e frap. em relação à bioacessibilidade, dos 14 minerais determinados por icp-ms à fração bioacessível variou de 3 a 84 %, e ao analisar os resultados em termos de quantidade de mineral bioacessível em relação ao conteúdo total, verificaram-se variações entre os elementos, sugerindo que o conteúdo total de minerais, presente na matriz vegetal nem sempre estará disponível para absorção intestinal. verificou-se que em referência aos valores de ingestão dietética recomendada (rda) para minerais, é provável que a ingestão de 2 g/dia de s. ambigua não causem efeitos adversos para a saúde, tendo em vista que nenhum dos elementos excedeu os valores de ingestão diária permitida. os resultados encontrados indicam que a s. ambigua pode ser considerada uma fonte vegetal de boa qualidade nutricional para consumo humano, por conter quantidades consideráveis de nutrientes e compostos antioxidantes naturais. entretanto deve-se considerar que variações em sua composição química existem e provavelmente estão relacionadas aos fatores ambientais os quais esta espécie está submetida bem como, às diferentes técnicas de cultivo utilizadas. desta forma, mais estudos in vivo e in vitro devem ser realizados e encorajados, com vistas a aumentar o cultivo da s. ambigua no estado de santa catarina, bem como de seu consumo pela população, além de gerar dados que poderão nortear o uso da mesma, pelas indústrias alimentícias e farmacêuticas.
Índice de Shannon: 3.52643
Índice de Gini: 0.879776
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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2,85% | 22,28% | 6,55% | 2,75% | 2,25% | 3,76% | 8,07% | 2,98% | 4,38% | 3,48% | 3,56% | 21,10% | 3,46% | 3,84% | 4,82% | 3,87% |
ODS Predominates


2,85%

22,28%

6,55%

2,75%

2,25%

3,76%

8,07%

2,98%

4,38%

3,48%

3,56%

21,10%

3,46%

3,84%

4,82%

3,87%