
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: TECNOLOGIA PARA DESCARTE E TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS: AVALIAÇÃO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS NO SUBSTRATO DE BIOBEDS
Orientador
- ADRIANA TERUMI ITAKO
Aluno
- LETICIA DE ANDRADE DIAS
Conteúdo
O uso de agrotóxicos gera a contaminação ambiental dos tipos difusa e pontual, sendo esta última causada, principalmente, pelo descarte inadequado de efluentes de agrotóxicos. o biobed é um reator biológico desenvolvido para receber e degradar estes efluentes e, assim, evitar o contato deste resíduo com o meio ambiente. sua eficiência baseia-se na atividade de uma microbiota nativa, adaptada ao contato com agrotóxicos, em paralelo com processos de sorção física. o propósito dos estudos envolvendo o biobed é que ele seja executável pelo agricultor, na propriedade agrícola, e com materiais de fácil acesso. o biobed é composto por uma escavação no solo da propriedade, que é impermeabilizada, preenchida por uma biomistura, e coberta por grama. a biomistura tradicional é composta por solo agrícola, palha e turfa. este trabalho teve como objetivo avaliar duas composições da biomistura, em paralelo à biomistura padrão, quanto à sua eficiência em gerar uma comunidade fúngica tolerante, e reduzir os níveis ecotoxicológicos e químicos de um inseticida organofosforado (fosmete). desta forma, foram montados biobeds laboratoriais alternativos com acícula de pinus (ba) ou com húmus de minhoca (bh) em substituição à turfa. as biomisturas foram avaliadas paralelamente ao biobed padrão (bp). as avaliações da comunidade fúngica envolveram o monitoramento da maturação biológica e as respostas destas comunidades após a aplicação do inseticida, através da contagem de colônias, no formato de unidades formadoras de colônias (ufc); assim como a avaliação do crescimento micelial de isolados dos biobeds em um meio de cultura contaminado por fosmete. a dose de fosmete aplicada nos biobeds laboratoriais foi de 35 mg kg-1. para os ensaios ecotoxicológicos crônicos de reprodução, com amostras dos mesmos biobeds laboratoriais, foram utilizados colêmbolos (folsomia candida) e enquitreídeos (enchytraeus crypticus), para amostras coletadas aos 0, 30, 60 e 90 dias após a aplicação do agrotóxico; e o residual químico de fosmete foi determinado através da técnica de cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (uplc-ms/ms). a biomistura ba apresentou um maior número de colônias de fungos após 90 dias de maturação biológica, e o impacto da aplicação do agrotóxico foi maior sobre seu número de colônias; entre os isolados fúngicos que tiveram seu crescimento micelial avaliado, 11% responderam positivamente ao fosmete. a época ideal para iniciar a contaminação dos biobeds laboratoriais, representada pelo momento em que a comunidade de fungos esteve mais ativa, foi a partir dos 30 dias de maturação biológica. nos ensaios de ecotoxicidade, os colêmbolos foram mais sensíveis do que os enquitreídeos às biomisturas contaminadas pelo agrotóxico. na biomistura bp ainda foi detectada ecotoxicidade para colêmbolos, mesmo após 90 dias de degradação do agrotóxico; e os ensaios com enquitreídeos já não indicaram ecotoxicidade aos 30 dias para as três biomisturas. as análises químicas indicaram que em ba o fosmete foi degradado mais rapidamente, com a meia-vida de 12,20 dias, porém bh reduziu a concentração aplicada do fosmete em 99%, enquanto ba reduziu em 96% e bp em 91%. os resultados indicaram que as três biomisturas foram eficientes em promover a maturação de biomassa fúngica e o crescimento de fungos tolerantes ao agrotóxico, e em reduzir os níveis ecotoxicológicos e químicos. ba e bh foram considerados substituintes promissores da biomistura tradicional de biobeds, para a região sul do brasil.
Índice de Shannon: 3.87942
Índice de Gini: 0.925786
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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3,91% | 12,49% | 6,86% | 4,80% | 4,33% | 10,78% | 4,95% | 5,15% | 6,17% | 4,04% | 5,00% | 10,94% | 4,38% | 4,39% | 7,85% | 3,95% |
ODS Predominates


3,91%

12,49%

6,86%

4,80%

4,33%

10,78%

4,95%

5,15%

6,17%

4,04%

5,00%

10,94%

4,38%

4,39%

7,85%

3,95%