Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Institucional
Tipo do Documento: Tese
Título: COGNITIVISMO MORAL PRAGMÁTICO E METAÉTICA NAS INVESTIGAÇÕES FILOSÓFICAS DE WITTGENSTEIN
Orientador
- DARLEI DALL AGNOL
Aluno
- LEO PERUZZO JUNIOR
Conteúdo
A presente tese defende a possibilidade do cognitivismo moral pragmático nas investigações filosóficas de wittgenstein. esta posição é sustentada a partir da reconstrução do debate metaético instaurado entre cognitivistas e não-cognitivistas, especialmente nas interpretações fornecidas pelo realismo moral de mcdowell e pelo quase-realismo de blackburn. inicialmente, o trabalho mostra que no tractatus o autor defende o não-cognitivismo como alternativa para demarcar o limite entre o conteúdo das proposições científicas e aquelas morais. entretanto, a partir das investigações, é possível sustentar que o debate metaético entre realistas e antirrealistas é equivocado, uma vez que wittgenstein compreende os jogos de linguagem morais como expressão intersubjetiva compartilhada pela forma de vida humana. neste sentido, a ideia pragmática, derivada da influência jamesiana, deve ser considerada em sentido instrumental, uma vez que juízos e conceitos morais são cognitivos, na medida em que são analisados os resultados produzidos na ação, na práxis. para apoiar nossa posição, mostramos que wittgenstein recusa, por um lado, a visão platônica sobre as regras, analisada também pelo realismo moral e, por outro, o argumento de que não há regras objetivas e, por isso, todo conteúdo moral seria redutível a uma certa comunidade. dominar uma técnica, seguir uma ordem, compreender um sentimento moral, portanto, não é um processo automático, pois, como afirma wittgenstein "[...] 'seguir a regra' é uma práxis" (if, § 202). assim, o pressuposto comum a essas duas teorias metaéticas [cognitivismo e não-cognitivismo] pretende ser superado pelo cognitivismo pragmático, uma vez que suas falsas dicotomias partem da tese de que todo conhecimento moral é proposicional. para sanar esse paradoxo, evitamos uma dicotomia radical entre fatos e valores, isto é, não há ações que podem ser valoradas como, por exemplo, certas ou erradas, corretas ou incorretas, extrinsecamente ao contexto do seu uso. no cognitivismo moral pragmático compreendemos que os valores estão na forma de vida humana, pois o que os jogos de linguagem morais partilham em comum é dado intersubjetivamente. portanto, as regras que orientam os jogos de linguagem morais, para wittgenstein, não são trilhos extralinguísticos, mas estão estruturadas pelas nossas práticas humanas.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.84602
| ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 4,31% | 4,95% | 5,97% | 7,40% | 7,98% | 3,84% | 4,29% | 6,65% | 5,20% | 4,78% | 6,63% | 4,95% | 4,59% | 5,42% | 4,44% | 18,60% |
ODS Predominates
4,31%
4,95%
5,97%
7,40%
7,98%
3,84%
4,29%
6,65%
5,20%
4,78%
6,63%
4,95%
4,59%
5,42%
4,44%
18,60%