
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências Biológicas
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: HIPERGLICEMIA CRÔNICA E A PREDISPOSIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO DAS DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS: PAPEL DA READAPTAÇÃO METABÓLICA
Orientador
- ALEXANDRA SUSANA LATINI
Aluno
- ALINE PERTILE REMOR
Conteúdo
A hiperglicemia crônica característica do diabetes mellitus (dm)predispõe ao desenvolvimento de vasculopatias, tanto em tecidos periféricos - cuja fisiopatologia encontra-se parcialmente elucidada - quanto no sistema nervoso central (snc) onde ainda esta é menos entendida. neste contexto, estudos vem sugerindo que a hiperglicemia persistente predispõe e favorece à progressão de processos neurodegenerativos. assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a predisposição ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e/ou neurológicas, em particular a doença de parkinson (dp), durante o estado hiperglicêmico crônico. a condição experimental de hiperglicemia crônica foi induzida pela administração de uma única dose de estreptozotocina (stz; 55 mg/kg; intraperitonealmente) em ratos wistar adultos onde foram investigados parâmetros de bioenergética, estresse oxidativo, neurotoxicidade e comportamentais após 10 e/ou 60 dias de tratamento (grupo stz). com o intuito de normalizar a glicemia, alguns animais receberam insulina subcutaneamente (1,5 ui de novolin®n humana; novo nordisk laboratories; duas vezes ao dia; grupo stz+ins). foi observado que a hiperglicemia crônica causou uma desregulação bioenergética tanto central quanto periférica, caracterizada pela inibição da atividade dos complexos i, ii e iv da cadeia respiratória e aumento na atividade da creatinaquinase (ck), total e mitocondrial, em animais que permaneceram hiperglicêmicos por 60 dias. além disso, esta condição metabólica provocou estresse oxidativo observado pela diminuição significativa nas concentrações de grupamentos tiólicos, aumento na peroxidação lipídica no plasma e ainda diminuição da molécula antioxidante bh4 no líquor destes animais. a persistente hiperglicemia também induziu apoptose e o acúmulo de proteínas oxidadas (ages) pelo aldeído reativo metilglioxal (mg) - composto formado durante condições de hiperglicemia, sendo considerado o principal formador de ages - em córtex cerebral de animais hiperglicêmicos. além disso, estas alterações metabólicas ocorreram juntamente com alterações epigenéticas caracterizadas por mudanças nos padrões de metilação do dna e concomitantemente com déficit cognitivo, evidenciado principalmente por prejuízos na consolidação da memória de curto e longo prazo. ainda, a normalização das concentrações de glicose através da administração de insulina preveniu as alterações metabólicas, epigenéticas e comportamentais observadas nos animais hiperglicêmicos. no que se refere ao efeito específico do mg, foi observado um aumento significativo no consumo de oxigênio no estado iv de respiração mitocondrial e um marcado aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (eros) extramitocondrial em células precursoras de hipocampo (h19-7), indicando que este composto pode estar relacionado com as alterações encontradas no modelo animal. por outro lado, as adaptações no metabolismo energético observadas no modelo animal de hiperglicemia, também foram observadas em amostras de indivíduos afetados por dm do tipo 1 e por dp. ainda, nestes pacientes também foi observado um marcado aumento nas concentrações de neopterina plasmática, parâmetro que indica de forma sensível a ativação do sistema imunológico. por fim, este estudo também focou no efeito da modulação da via metabólica da bh4 como ferramenta para reduzir a hipersensibilidade à nocicepção, em um modelo animal de dor neuropática, onde foi observado que a inibição da enzima que participa da síntese da bh4, a sepiapterina redutase (sr), induz analgesia. em conclusão, pode-se propor que os oxidantes mg e/ou ages formados durante a hiperglicemia crônica decorrente do dm estariam envolvidos nas alterações bioquímicas e moleculares observadas nas células do snc e predispondo ao comprometimento cognitivo observado neste estudo, proporcionando um cenário propício para a instalação e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e/ou neurológicas, em particular a dp, e/ou predispor a nocicepção.
Índice de Shannon: 3.92087
Índice de Gini: 0.929048
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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5,78% | 6,80% | 14,37% | 4,86% | 4,35% | 3,79% | 7,35% | 5,32% | 6,92% | 5,73% | 6,08% | 6,11% | 5,77% | 6,22% | 4,43% | 6,11% |
ODS Predominates


5,78%

6,80%

14,37%

4,86%

4,35%

3,79%

7,35%

5,32%

6,92%

5,73%

6,08%

6,11%

5,77%

6,22%

4,43%

6,11%