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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Jurídicas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Direito

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Dissertação

Título: A LEI E O MAL-ESTAR

Orientador
  • JEANINE NICOLAZZI PHILIPPI
Aluno
  • GISLAINE DE PAULA

Conteúdo

A presente pesquisa busca fazer dialogar o marquês de sade e sigmund freud, para, com base nesta interlocução, pensar na possibilidade de fundar uma ética, a ética da psicanálise tal qual jacques lacan constrói no sétimo seminário de seu ensino. além disso, propusemo-nos a investigar o que esse diálogo tem a dizer sobre os fundamentos do direito moderno cujos principais autores são hobbes, locke, rousseau e kant. para isso, por meio de pesquisa de cunho bibliográfico partimos de dois conceitos fundamentais do escritor libertino francês e do psicanalista austríaco: a lei de natureza, de sade, e a pulsão de morte, de freud. ambos os conceitos dizem respeito a um certo empuxo à destruição presente no ser humano, observadas as devidas diferenças entre os autores. o marquês de sade realiza uma espécie de reinterpretação da teoria contratualista do estado moderno, elevando seus fundamentos ao absurdo – ou ultrapassando-os – para nos mostrar que esses mesmos alicerces que nos prometem a liberdade, a igualdade e a segurança podem nos levar a um mundo distópico e despótico, operando um retorno ao estado de natureza, o ponto de partida em que cada ser humano é mero objeto à disposição do gozo do outro. ademais, na leitura de kant com sade, perceberemos, junto com lacan, que a ética kantiana, a apatia que o ser racional deve impor-se para chegar ao sumo bem, pode levar justamente ao seu inverso, o mal radical sadiano. não obstante, ao final, operamos uma inversão: há dois tempos na lei de natureza e na pulsão de morte, o princípio de destruição também pode apontar para uma vontade de criação a partir do nada. assim, com base na ética da psicanálise, a ética da responsabilidade por nossa posição de sujeitos, resgatamos o imperativo categórico kantiano – agora esvaziado e dialetizado com a ética sadiana – como aquele que manda que ?se faça a lei?, a fim de que a lei encontre um limite, o ponto de basta colocado pela lei simbólica.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.98444

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,20% 5,84% 8,57% 5,99% 6,99% 5,11% 5,90% 7,89% 6,29% 5,98% 6,88% 5,67% 5,11% 6,58% 5,63% 6,37%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

5,20%

ODS 2

5,84%

ODS 3

8,57%

ODS 4

5,99%

ODS 5

6,99%

ODS 6

5,11%

ODS 7

5,90%

ODS 8

7,89%

ODS 9

6,29%

ODS 10

5,98%

ODS 11

6,88%

ODS 12

5,67%

ODS 13

5,11%

ODS 14

6,58%

ODS 15

5,63%

ODS 16

6,37%