
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Comunicação e Expressão
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: ESTUDOS DOS PARÂMETROS ACÚSTICOS RELACIOADOS À PRODUÇÃO DE PLOSIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO NA FALA ADULTA: ANÁLISE ACÚSTICO-QUANTITATIVA
Orientador
- IZABEL CHRISTINE SEARA
Aluno
- MARIANE ANTERO ALVES
Conteúdo
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a produção de plosivas vozeadas e não-vozeadas de uma variedade do português brasileiro, com o intuito de verificar os principais parâmetros acústico-articulatórios envolvidos na produção desses segmentos, estejam eles relacionados ao próprio segmento ou a contextos adjacentes. os dados foram coletados em seções de leitura de frases com cinco informantes do sexo feminino, com idades entre 21-29 anos, oriundas da região de criciúma, no sul de estado de santa catarina. os parâmetros analisados, a partir de experimentos de produção, são: (i) duração da oclusão; (ii) duração do segmento; (iii) vot; (iv) duração das vogais adjacentes; (v) características espectrais de burst; (vi) transição formântica; (vii) qualidade vocálica; (viii) tonicidade e (ix) posição na palavra e (x) especificidades acústicas. a duração da oclusão e da consoante se mostraram maiores para as plosivas não-vozeadas. o vot das plosivas não-vozeadas inseriu-se na categoria de retardo curto e a plosiva velar [k] apresentou valores acima de 35 ms, que apontam para uma leve aspiração. o vot das plosivas vozeadas enquadrou-se na categoria de pré-sonorização. os parâmetros relacionados à frequência, burst e transição vocálica, apesar de apresentarem características já apontadas por outros estudos, não apresentaram resultados sistemáticos entre si. a transição de f1 não foi estatisticamente distinta entre plosivas com diferente vozeamento, apesar de as curvas apresentarem direção ascendente em todos os casos. para f2, os valores de frequência de onset foram significativamente menores para as bilabiais [p] e [b] quando seguidas pela vogal [?]. as demais plosivas não-vozeadas não apresentaram diferença entre si e, dentre as vozeadas, a velar [?] foi a única que apresentou menor valor significativo quando seguida por [?]. todas as curvas de transição de f2 se mostraram descendentes. a vogal [?] atenuou significativamente o valor de frequência de onset de f2 para [k] e [?]. encontramos resultados que apontam para o locus consonantal de f2 para as bilabiais em 1400 hz e de 1800 hz para as alveolares. quanto à influência das plosivas na duração das vogais adjacentes, observamos que as vogais sempre apresentaram valores de duração maiores quando eram seguidas ou antecedidas por plosivas vozeadas. a duração da consoante e do vot se mostraram maiores quando a consoante era seguida pela vogal alta [?] em comparação à vogal baixa [?], especialmente para [p], [k], [d] e [?]. o contexto tônico propiciou o aumento da duração da consoante de todas as plosivas analisadas. a posição inicial favoreceu o aumento da duração da consoante e do vot das plosivas vozeadas. encontramos especificidades acústicas em uma parte considerável dos dados (24%), fato que denota a gradiência da fala e que esta apresenta nuanças que nem sempre estão de acordo com o esperado pela teoria. os resultados aqui obtidos mostram que alguns parâmetros, especialmente aqueles relacionados a aspectos duracionais, dão conta de caracterizar as plosivas do português brasileiro no que tange a sua produção e podem ser indícios de que serão também relevantes para a percepção desses segmentos.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.95413
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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ODS Predominates


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