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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Biológicas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: A PRODUÇÃO DE NEOPTERINA NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E SEUS EFEITOS CITOPROTETOR E PONTENCIALIZADOR COGNITIVO

Orientador
  • ALEXANDRA SUSANA LATINI
Aluno
  • KARINA GHISONI DE OLIVEIRA

Conteúdo

O declínio de funções cognitivas básicas, como o aprendizado e amemória, é uma condição associada com o processo natural de envelhecimento e com diferentes patologias neurológicas e neurodegenerativas. embora algumas estratégias farmacológicas têm sido aplicadas para prevenir e/ou atenuar os déficits observados nessacondição a descoberta de novas ferramentas nootrópicas é alvo da indústria farmacêutica. a neopterina, um metabólito secundário da via de síntese de novo da tetrahidrobiopterina, é encontrada em concentrações aumentadas em fluidos biológicos de indivíduos afetados por patologias que apresentam ativação do sistema imune, porém o seu efeito é pouco explorado. a grande maioria dos estudos disponíveis na literatura a descrevem como um composto inerte, e uma pequena parcela associa tratamentos in vitro dessa pterina com efeitos relacionados a estresse eletrofílico, porém a sua função no sistema nervoso central não é conhecida. considerando que estresse eletrofílico pode ativar vias de proteção celular, o presente trabalho investigou o possível efeito da neopterina como um potencializador cognitivo. para isto, o efeito da administração intracerebroventricular (i.c.v.) de neopterina foi estudado sobre parâmetros comportamentais e relacionados ao estresse oxidativo e inflamação, no cérebro de diversas cepas de roedores (camundongos suíços de 60 dias de vida; nocautes para a citocina il-10 (il-10(-/-)) de17 meses de vida; camundongos vgv de 60 dias de vida, camundongos c57bl/6 de 60 dias de vida; e ratos wistar de 60 dias de vida. ainda, a síntese e o efeito in vitro da neopterina foram também investigados em sistemas experimentais (culturas primárias de células nervosas humanas, células gliais c6 e cultura primária de astrócitos estriatais e hipocampais de ratos) onde foi gerado estresse eletrofílico pela adição do oxidante peróxido de hidrogênio ou do inibidor da cadeia respiratória, azida sódica; ou ainda indução de inflamação por agentes pro-inflamatórios. os resultados demonstraram que a administração i.c.v. de neopterina (0,4 ou 4 pmol) facilitou a aquisição e consolidação da memória sem modificar a atividade locomotora espontânea em camundongos suíços, il-10(-/-) e ratos wistar. por outro lado, este mesmo tratamento conseguiu prevenir as deficiências na locomoção induzidas pelo lipopolissacarídeo bacteriano (lps; 0,33 mg/kg; intraperitoneal) em animais il-10(-/-). em concordância com os resultados comportamentais relacionados a memória, a administração i.c.v. de neopterina diminuiu o limiar para a potenciação de longo prazo em fatias hipocampais de ratos wistar. adicionalmente, a administração i.c.v. de neopterina aumentou a resistência ao estresse oxidativo tecidual, por aumentar as concentrações de glutationa, tióis livres e atividade de enzimas antioxidantes e por diminuir a peroxidação lipídica em camundongos suíços. a neopterina também demonstrou atividade anti-inflamatória por prevenir o aumento das concentrações de il-6 induzida pela administração de lps em animais il-10(-/-). in vitro, foi observado que o bloqueio da função mitocondrial em fatias hipocampais de camundongos suíços resulta em liberação extracelular de neopterina. em culturas primárias de células humanas neurais (astrócitos, neurônios e microglia) a produção e liberação de neopterina para o meio extracelular foi induzida por fatores inflamatórios como interferon-? e lps. em concordância com os resultados encontrados in vivo, o prétratamento com neopterina em sistemas in vitro preveniu o estresse oxidativo induzido por peróxido de hidrogênio e azida. além disso, a incubação com neopterina promoveu um aumento da marcação para o fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (nrf2) e o conteúdo da enzima hemeoxigenase-1. finalmente, a captação de glutamato e cálcio foram analisadas como forma de melhor entender o efeito da neopterina sobre a ltp, onde foi observado a que neopterina aumentou a captação de glutamato tanto em fatias hipocampais quanto em células c6, além de aumentar a mobilização de cálcio intracelular em astrócitos hipocampais de ratos wistar. em conjunto estes resultados sugerem que a neopterina apresenta um efeito potencializador da cognição, facilitando a aquisição da memória e tem ação citoprotetora via ativação de nrf2.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.97398

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,40% 6,03% 8,79% 7,83% 5,43% 5,28% 6,64% 7,02% 7,50% 5,00% 5,73% 5,48% 5,48% 6,30% 5,24% 7,87%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

4,40%

ODS 2

6,03%

ODS 3

8,79%

ODS 4

7,83%

ODS 5

5,43%

ODS 6

5,28%

ODS 7

6,64%

ODS 8

7,02%

ODS 9

7,50%

ODS 10

5,00%

ODS 11

5,73%

ODS 12

5,48%

ODS 13

5,48%

ODS 14

6,30%

ODS 15

5,24%

ODS 16

7,87%