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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Comunicação e Expressão

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Dissertação

Título: "A GENTE PODE APRENDER MUITO COM ESSAS TROCAS DE LÍNGUAS E NÃO FICAR PRESO NUMA SÓ": PRÁTICAS DE LINGUAGEM NA INTRODUÇÃO DO ENSINO BILÍNGUE EM SALA DE AULA DO ENSINO MÉDIO

Orientador
  • MARIA INEZ PROBST LUCENA
Aluno
  • ANGELA CRISTINA CARDOSO

Conteúdo

O presente trabalho investiga e discuti como se constituem as práticas de linguagem durante a introdução do ensino bilíngue português-inglês em uma sala de aula de ensino médio, no sul do brasil, em que a língua de instrução é o inglês. desenvolvido numa perspectiva etnográfica, este estudo qualitativo e interpretativista tem por objetivo aumentar o conhecimento sobre as práticas de linguagem de alunos e professores em salas de aula de ensino bilíngue, com base na análise de dados, gerados em observações de aulas, entrevistas e análise documental. alinhada aos estudos etnográficos em contextos escolares, a presente pesquisa discute práticas de linguagem reais, em contextos específicos de usos, articulando essa discussão com questões ideológicas e políticas inerentes à vida social. esta pesquisa está situada na área de linguística aplicada, na linha de pesquisas pós-colonialistas, que consideram a relevância do sujeito sócio-histórico e questionam formas cientificistas e positivistas de construir um conhecimento supostamente objetivo, sem falantes reais e sem função social. fundamenta-se em estudos que tratam de ensino bilíngue (maher, 2007; garcia, 2009; bartlett; garcia, 2011; garcia; li wei, 2014; canagarajah, 2013a, 2013b), políticas educacionais de línguas (garcia; menken, 2010, mccarty, 2011; lucena, 2012; maher, 2013), ideologias subjacentes a essas políticas, e de como essas ideologias sobre linguagem, ensino e aprendizagem relacionam-se com o conceito de translinguagem. discute a expansão do inglês pelo mundo e diferentes formas de interpretar essa expansão, seja como imperialismo linguístico ou como forma de apropriação do inglês de forma agentiva (rajagopalan, 2003, 2004, 2009; garcia, 2011; moita lopes, 2008; pennycook, 2004, 2010a; cox; assis-peterson, 2013). analisa também o mito do falante nativo no contexto educacional, fazendo um contraponto com as práticas reais de alunos e professores em diferentes contextos de ensino bilíngue. os dados foram categorizados de acordo com dois temas principais, a ideologia monolíngue e a constituição das práticas de linguagem no contexto específico como práticas translíngues. os resultados evidenciam a força da ideologia monolíngue, que enaltece um falante nativo ideal e uma normatividade linguística. mesmo assim, alunos e professores se permitem construir sentidos a partir de práticas de linguagem híbridas, transgredindo e resistindo a uma política de separação entre línguas e a normas pautadas na reprodução de uma cultural ideal anglofônica. os sentidos que as práticas translíngues adquiriram no contexto analisado se relacionam à agentividade dos participantes na escolha de seus recursos linguísticos para atingir objetivos comunicativos, e também às performances criativas dos participantes, que envolvem hibridização cultural. demonstra ainda como as práticas translíngues podem ser um recurso pedagógico, permitindo que professores e alunos façam sentido de seus mundos bilíngues enquanto procuram ensinar e aprender dentro dessa modalidade de ensino repleta de complexidades, particularidades e demandas. os resultados deste trabalho contribuem para a literatura sobre educação bilíngue e práticas de linguagem em sala de aula, mostrando como os usos linguísticos reais de indivíduos bilíngues podem ser aceitos dentro do ambiente escolar e como eles podem enriquecer a experiência de aprendizagem, colaborando, assim, para a construção de modelos de ensino mais sensíveis à realidade contemporânea.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 1.61719

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
1,53% 1,40% 1,28% 77,63% 2,34% 0,86% 1,09% 1,96% 1,43% 1,09% 1,34% 1,21% 1,10% 1,12% 1,21% 3,40%
ODS Predominates
ODS 4
ODS 1

1,53%

ODS 2

1,40%

ODS 3

1,28%

ODS 4

77,63%

ODS 5

2,34%

ODS 6

0,86%

ODS 7

1,09%

ODS 8

1,96%

ODS 9

1,43%

ODS 10

1,09%

ODS 11

1,34%

ODS 12

1,21%

ODS 13

1,10%

ODS 14

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ODS 15

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ODS 16

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