
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Ambiental
Tipo do Documento: Dissertação
Título: ECOLOGIA ALIMENTAR E ESPACIAL DA TONINHA (PONTOPORIA BLAINVILLEI) E DO BOTO-CINZA (SOTALIA GUIANENSIS) NA BAÍA DA BABITONGA, SUL DO BRASIL
Orientador
- MARTA JUSSARA CREMER
Aluno
- RENAN LOPES PAITACH
Conteúdo
A toninha (pontoporia blainvillei) é um pequeno golfinho endêmico do oceano atlântico sul ocidental. devido à captura incidental e a outros impactos antrópicos a espécie é considerada a mais ameaçado ao longo de sua distribuição. o boto-cinza (sotalia guianensis) distribui-se na costa tropical e subtropical das américas do sul e central. por apresentar hábito costeiro fortemente associado a ambientes estuarinos, é especialmente vulnerável aos impactos antrópicos. a baía da babitonga, situada no litoral norte do estado de santa catarina, área de estudo do presente trabalho, é abrigo de unidades populacionais residentes de toninhas e botos-cinza. o estabelecimento de uma unidade de conservação é fundamental para o desenvolvimento integrado e efetivo desse ecossistema. definir a dinâmica do uso das áreas de alimentação de mamíferos marinhos é fundamental para a proposição de áreas protegidas para a conservação das espécies e seus ecossistemas. neste sentido, o primeiro capítulo deste estudo tem enfoque nas relações tróficas e na coexistência de predadores ecologicamente semelhantes. foram realizadas análises dos hábitos alimentares de toninhas e botoscinza, das variações intraespecíficas da dieta, além da amplitude e sobreposição de nichos tróficos das espécies. foram identificadas 21 teleósteos na dieta da toninha, que apresentou variações moderadas em relação ao sexo, faixa etária, local e época, mas não foi observada variação significativa em relação as estações do ano. a dieta do botocinza apresentou 28 espécies, com variações acentuadas quanto ao sexo, faixa etária, locais e períodos de coleta, mas variação moderada para a sazonalidade. analisando as amplitudes dos nichos trófico, a toninha apresentou hábito especialista, enquanto o boto-cinza teve tendência generalista. foi observada uma sobreposição mediana entre as espécies, indicando uma partição de nicho. no segundo capítulo, buscou-se verificar a influência das presas na distribuição de toninhas e boto-cinza. foi utilizado sig para analisar a distribuição de toninhas e botos-cinza de acordo com as condições de maré. também foram realizadas coletas ictiológicas seguindo as mesmas condições de maré. a toninha apresentou uma distribuição que corresponde a expectativa a priori de que os indivíduos estariam mais dispersos no período em que as presas estão menos disponíveis. o boto-cinza, por outro lado, não demonstrou um padrão tão coerente com esta expectativa, mas a análise de correlação demonstrou uma relação direta de sua distribuição com disponibilidade de tainhas (mugil spp.), presas de grande importância na dieta da espécie. a maré demonstrou ser um importante condicionante dos padrões de distribuição de presas e consequentemente predadores, no ambiente estuarino. este trabalha contribuiu para o entendimento das relações tróficas e da dinâmica espacial dos golfinhos da baía da babitonga, visando a conservação integrada das espécies e seus ecossistemas.
Índice de Shannon: 3.71042
Índice de Gini: 0.904469
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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4,89% | 5,71% | 3,93% | 3,87% | 4,67% | 3,53% | 3,20% | 4,56% | 3,96% | 8,84% | 5,43% | 3,21% | 3,08% | 19,44% | 15,69% | 5,98% |
ODS Predominates


4,89%

5,71%

3,93%

3,87%

4,67%

3,53%

3,20%

4,56%

3,96%

8,84%

5,43%

3,21%

3,08%

19,44%

15,69%

5,98%