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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Biológicas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Ambiental

Tipo do Documento: Tese

Título: INTERAÇÕES TRÓFICAS EM AMBIENTES RECIFAIS AO LONGO DE DIFERENTES ESCALAS ESPACIAIS

Orientador
  • SERGIO RICARDO FLOETER
Aluno
  • GUILHERME ORTIGARA LONGO

Conteúdo

Interações tróficas são fundamentais para a estrutura e funcionamento de ecossistemas, alterando padrões de densidade e biomassa de espécies de diferentes níveis tróficos. atividades humanas podem afetar negativamente a estrutura e intensidade dessas interações, causando mudanças drásticas nos ecossistemas. os ambientes recifais, por exemplo, têm sofrido uma variedade de impactos antrópicos (e.g., sobrepesca, poluição), levando à perda de diversidade e processos ecossistêmicos críticos, sobretudo aqueles mediados por interações tróficas. por exemplo, quando peixes herbívoros e ouriços foram experimentalmente removidos (cenário de sobrepesca) de recifes de coral, macroalgas rapidamente dominaram o recife. nesses ambientes, a pressão alimentar dos peixes recifais sobre a comunidade bentônica é um bom modelo de interação trófica já que tem uma importância fundamental na estruturação das comunidades bentônicas. a intensidade e composição de interações tróficas podem ser influenciadas por múltiplos fatores ao longo de diferentes escalas espaciais, com consequências importantes para o funcionamento dos ecossistemas. por exemplo: na escala do centímetro, a qualidade nutricional de uma presa ou suas defesas químicas moldam a identidade de seus predadores e intensidade de predação; na escala do habitat (centenas de metros), diferentes níveis de tolerância à condições abióticas extremas podem resultar em refúgios contra predação; em largas escalas espaciais (centenas de quilômetros), a temperatura pode interferir na demanada metabólica do predador, moldando suas interações tróficas; em escala latitudinal, esses fatores ecológicos se combinam a fatores biogeográficos, como diferentes composições taxonômicas. esta tese apresenta diferentes abordagens sobre interações tróficas desde a escala do centímetro até a escala latitudinal, em quatro capítulos: (1) “can seaweed-coral competition make seaweeds more palatable?”, que aborda questões de competição direta entre corais e macroalgas e sua relação com herbivoria; (2) “between-habitat variation in benthic communities, reef fish assemblage and feeding pressure at the only atoll in south atlantic: rocas atoll, ne brazil”, que avalia padrões das comunidades e processos ecológicos relacionados à sua estruturação em habitats com diferentes condições abióticas; (3) “herbivory drives largescale spatial variation in reef fish trophic interactions”, que explora a intensidade e composição da pressão alimentar dos peixes recifais sobre as comunidades bentônicas, identificando espécies-chave para esses ecossistemas; e (4) “latitudinal gradients in reef fish trophic interactions on the benthos”, que investiga a variação latitudinal (34 n–27 o s) da intensidade e composição das interações tróficas dos peixes sobre o bentos no oceano atlântico ocidental, e sua relação com fatores ambientais (e.g., temperatura) e contexto biogeográfico (e.g., regiões biogeográficas). observou-se que: (1) na escala do centímetro, a competição com corais pode tornar a alga mais susceptível à herbivoria; (2) na escala do habitat, a sinergia entre fatores abióticos e interações tróficas é determinante na estruturação de comunidades recifais (peixes e bentos); (3) em larga escala espacial, a contribuição desproporcional de alguns grupos, indicam que o funcionamento dos ambientes recifais é variável de acordo com condições locais específicas (e.g., temperatura); e (4) em escala latitudinal, observou-se que embora recifes compartilhem os mesmos grupos funcionais, a identidade das espécies nesses grupos varia de acordo com o contexto biogeográfico. esses múltiplos fatores ao longo de diferentes escalas espaciais demonstram a complexidade das interações tróficas e indicam abordagens possíveis de aplicação em conservação de processos críticos mediados por essas interações.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 2.45201

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
1,90% 2,14% 2,25% 1,92% 2,07% 2,66% 2,29% 2,27% 2,41% 1,92% 3,92% 2,26% 2,45% 61,00% 6,13% 2,39%
ODS Predominates
ODS 14
ODS 1

1,90%

ODS 2

2,14%

ODS 3

2,25%

ODS 4

1,92%

ODS 5

2,07%

ODS 6

2,66%

ODS 7

2,29%

ODS 8

2,27%

ODS 9

2,41%

ODS 10

1,92%

ODS 11

3,92%

ODS 12

2,26%

ODS 13

2,45%

ODS 14

61,00%

ODS 15

6,13%

ODS 16

2,39%