
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Comunicação e Expressão
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Institucional
Tipo do Documento: Tese
Título: FOCO E CARTOGRAFIA: ASPECTOS FORMAIS DAS ESTRUTURAS CLIVADAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO
Orientador
- SANDRA QUAREZEMIN
Aluno
- DAMARIS MATIAS SILVEIRA
Conteúdo
Esta tese tem por objetivo investigar, com base na teoria gerativa, as propriedades formais das sentenças clivadas, que são construções designadas para focalizar constituintes através do movimento a-barra (a?) do foco. o quadro teórico no qual esta pesquisa está assentada é o do programa cartográfico, linha de pesquisa que concebe as estruturas sintáticas como objetos complexos, hierárquicos e mais articulados. sob essa perspectiva, iremos propor uma análise para as características das clivadas, em termos de concordância e tempo, bem como para a sua estrutura. as clivadas canônicas possuem a sequência linear ?cópula-foco-complementizador-ip?, sendo que a cópula concorda com o foco e converge em tempo com o verbo subordinado. por outro lado, o português brasileiro (pb) licencia clivadas sem tais convergências. é proposto na literatura que esse é um caso claro de gramaticalização (kato, 2009, 2018; kato; ribeiro, 2009). sob essa perspectiva, a cópula não seria um verbo, mas um elemento focalizador. defenderemos, em contraste com essa hipótese, que esse fenômeno resulta de variação, uma vez que não há evidências suficientes de que o verbo esteja gramaticalizado. assim, assumiremos que a cópula das clivadas canônicas é um verbo, mesmo quando aparentar estar na forma invariável. outra configuração de clivada é a clivada é que. essa construção apresenta a sequência ?foco-é que-ip? e a cópula expressa invariabilidade ? embora o português brasileiro também manifeste variação em relação a esse panorama, licenciando casos com a cópula no passado. considerando que a cópula é invariável, diversos autores (costa; duarte, 2001; lobo, 2006; costa; lobo, 2009; ambar, 2005, entre outros) já propuseram que ela ocupa, juntamente com o complementizador, uma estrutura cristalizada, embora não haja consenso a respeito da posição que ela ocupa. assumiremos que a cópula das clivadas é que é a única que expressa verdadeira invariabilidade e defender que é que é a lexicalização do núcleo foco, assumindo a estrutura articulada da periferia esquerda da sentença proposta por rizzi (1997). em suma, forneceremos evidências, com base na perspectiva e na metodologia cartográfica, de que a clivada canônica e a clivada é que compartilham a propriedade de focalizar os mesmos tipos de constituinte, mas diferem estruturalmente: apenas a canônica possui um verbo copular que projeta uma configuração argumental, correspondendo a uma estruturabioracional, independentemente das propriedades formais da cópula; a clivada é que, por sua vez, possui apenas um verbo, o lexical, já que a cópula é um elemento focalizador
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.92074
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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6,34% | 4,85% | 5,64% | 6,78% | 6,47% | 4,21% | 5,03% | 6,24% | 8,63% | 5,20% | 6,44% | 4,85% | 5,13% | 5,86% | 4,24% | 14,08% |
ODS Predominates


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4,85%

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6,47%

4,21%

5,03%

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8,63%

5,20%

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4,85%

5,13%

5,86%

4,24%

14,08%