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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Comunicação e Expressão

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Institucional

Tipo do Documento: Tese

Título: AÇÃO E ARTIFÍCIO: POR UM CONCEITO DE ARTE E ONTOLOGIA DA OBRA DE ARTE A PARTIR DA PRODUÇÃO LETRADA SEISCENTISTA, DA POESIA EXPERIMENTAL E DA ARTE DIGITAL CONTEMPORÂNEA

Ano: 2015

Orientador
  • ALCKMAR LUIZ DOS SANTOS
Aluno
  • OTAVIO GUIMARAES TAVARES

Conteúdo

Há duas teses aqui articuladas. a primeira, específica, é de que é possível aproximar a produção letrada seiscentista (brasil colônia, portugal e espanha) e a arte digital contemporânea (obras como as brasileiras oratório, palavrador open book 2.0 e liberdade, e as portuguesas o amor de clarice e sintext). a segunda tese, geral, é de que é possível formular um conceito de arte como ação e de obra de arte como artefato/artifício. para a tese inicial, sustento que a proximidade entre a produção seiscentista e a digital está no modo de operar destes conjuntos, no sentido de que, em ambos, as obras são artefatos que têm um engenho/funcionamento elaborados e apreendidos por meio de um sistema técnico institucional - respectivamente, retórico-poética e programação em código-fonte - e que necessitam de um agir manipulatório para serem efetivadas. de modo tangencial, essa aproximação também diz respeito à produção poética do po-ex (grupo de poesia experimental portuguesa) e à certas produções da arte conceitual de âmbito norte-americano. o que faço é articular a noção retórica relacional performática aos conceitos seiscentistas de engenho e artifício como indicações do artístico, i.e. de que o artístico está compreendido sob a rubrica do artificial e do operatório, espelhando a própria noção seiscentista de que há uma natureza artificial do humano. a segunda parte dessa tese é uma investigação em ontologia da arte, entendendo esta como um estudo e análise de estruturas formais-conceituais, explicitando noções, pressupostos e implicações da existência e identidade acerca das nossas práticas discursivas relacionadas ao artístico. pautado sobre as constatações da primeira parte da tese e a indicação de vieira e nietzsche de uma ontologia da ação em que o agir antecede e engendra ser, questiono o modelo estético que pretende capturar o artístico pela afecção sensório-perceptiva e o modelo da arte como sentido que iguala o ser-arte a um conteúdo semântico, pautado meu questionamento nas discussões de martin heidegger, hans-georg gadamer, e sobretudo dos anglófanos arthur danto, graham mcfee e noël carroll. destarte, articulo um conceito de arte como ação e obra de arte como artefato/artifício, a partir da análise ontológica de roman ingarden, da teoria institucional da arte de geroge dickie, da ontologia social de john r. searle e de alguns pontos acerca do agir regrado na filosofia de ludwig wittgenstein, desenvolvendo então a relação entre agir regrado, técnica, instituição e comunidade, pela qual é possível chegar à noção de que ser artefato e ser instituição são ambos engendrados pelo agir. é o conceito de arte como ação, consequentemente, que pode ser utilizado para fundamentar um relação entre arte e máquina, e, sobretudo, como apontando para a extrema contingência do artístico, a constante possibilidade de invenção.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.88903

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,83% 4,90% 5,41% 4,94% 6,32% 4,43% 4,44% 6,66% 9,86% 5,42% 6,90% 4,41% 5,40% 4,65% 5,79% 15,66%
ODS Predominates
ODS 16
ODS 1

4,83%

ODS 2

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ODS 3

5,41%

ODS 4

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ODS 5

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ODS 6

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ODS 8

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